...continuação
Jung e Funções
Psicológicas:
Pensamento: Jung via o pensamento e o sentimento como
maneiras alternativas de elaborar julgamentos e tomar decisões. O pensamento
por sua vez, está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de
critérios impessoais, lógicos e objetivos. As pessoas nas quais predomina a
função do Pensamento são chamadas de Reflexivas. Esses tipos reflexivos são
grandes planejadores e tendem a se agarrar a seus planos e teorias, ainda que
sejam confrontados com contraditória evidência.
Sentimento: Tipos sentimentais são orientados para o aspecto
emocional da experiência. Eles preferem emoções fortes e intensas ainda que
negativas, a experiências apáticas e mornas. A consistência e princípios
abstratos são altamente valorizados pela pessoa sentimental. Para ela tomar
decisões deve ser de acordo com julgamentos de valores próprios, como por
exemplo, valores do bom ou do mau, do certo ou do errado, agradável ou
desagradável, ao invés de julgar em termos de lógica ou eficiência, como faz o
reflexivo.
Sensação:
Jung classifica a sensação e a intuição juntas, como as formas de apreender
informações diferentemente das formas de tomar decisões. A sensação se refere a
um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos.
A Sensação reporta-se ao que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. É a
experiência concreta e tem sempre prioridade sobre a discussão ou a análise da
experiência. Os tipos sensitivos tendem a responder à situação vivencial
imediata, e lidam eficientemente com todos os tipos de crises e emergências. Em
geral eles estão sempre prontos para o momento atual, adaptam-se facilmente às
emergências do cotidiano.
Intuição:
É a forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos
futuros e processos inconscientes. As implicações da experiência (o que poderia
acontecer, o que é possível) são mais importantes para os intuitivos do que a
experiência real por si mesma. Pessoas fortemente intuitivas dão significado às
suas percepções com tamanha rapidez que, via de regra, não conseguem separar
suas interpretações conscientes dos dados sensoriais brutos obtidos. Os
intuitivos processam informação muito depressa e relacionam, de forma
automática, a experiência passada com as informações relevantes da experiência
imediata.
Para o individuo, uma combinação das
quatro funções resulta numa abordagem equilibrada do mundo. Jung descreve: “A
fim de nos orientarmos, temos que ter uma função que nos assegure de que algo
está aqui (sensação); uma segunda função que estabeleça o que é (pensamento);
uma terceira função que declare se isto nos é ou não apropriado, se queremos
aceita-lo ou não (sentimento); e uma quarta função que indique de onde isto
veio e para onde vai (intuição)” (Jung, 1942, p. 167).
Entretanto, ninguém desenvolve
igualmente bem todas as quatro funções. Cada pessoa tem uma função fortemente
dominante, e uma função auxiliar parcialmente desenvolvida. As outras funções
são em geral inconscientes e a eficácia de sua ação é bem menor. Quanto mais
desenvolvida e consciente forem as funções dominante e auxiliar, mais
profundamente inconsciente serão seus opostos.
Ismenia Woyame
Nenhum comentário:
Postar um comentário