27 de set. de 2012

Há algo mais... Um Amor... Uma Luz



Há algo mais... Um Amor... Uma Luz

Wagner Borges
 
"Para quem ama,
Há outros mundos e outras terras...
Dentro do próprio coração.

Para quem vê além,
Há outras luzes e outras cores...
Que são vistas, mesmo de olhos fechados.

Para quem ora pelo bem do mundo,
Há outros sentimentos além dos seus...
Que descem do Céu como fogo vivo.

Para quem escuta a voz do silêncio,
Há sussurros espirituais na noite...
Que falam da imortalidade da consciência.

Para quem reconhece o próprio espírito,
Há algo mais... Um Amor. Uma Luz...
E aquela Paz - que não é desse mundo.

Para quem voa espiritualmente,
Há uma Alegria que se apresenta naturalmente...
Quando se percebe que "há muitas moradas na Casa do Pai".

Para quem se atreve a vencer a si mesmo,
Há sempre uma estrela prânica** sobre sua cabeça...
E novas luzes em sua jornada espiritual.

Para quem ri do próprio ridículo,
Há sempre uma grande lição de sabedoria...
A de que é bom não se levar tanto a sério.

Para quem medita,
Há a percepção de sons sutis...
Dentro dos próprios chacras***.

Para quem se admira com a imensidão da vida universal,
Há algo mais... Uma outra imensidão - em seu coração...
Sim, algo que não se explica, só se sente.

Para quem lê essas linhas - em Espírito e Verdade,
Há algo mais além das palavras... Um Amor. Uma Luz.
E quem ama, realmente compreende.

P.S.:
Ah, quem me dera ter o poder de fazer o Amor acontecer...
Fazer a Espiritualidade curar a dor da saudade.
Fazer ouvir a canção das esferas no coração.
Fazer o véu da ignorância cair...
Fazer ver estrelas além das nuvens.
Fazer a tristeza de alguém ir embora...
Fazer o discernimento lavar a alma e erradicar o luto.
Fazer, simplesmente, algo mais... Um Amor. Uma Luz.
Fazer ser feliz!... "

- Wagner Borges

 

24 de set. de 2012

A simbologia do Oráculo da Lua


A LUA

         O caminho desta lâmina é pela emoção interna, portanto, precisamos estar atento ao mundo exterior, pois é dele que as emoções nos chegam. Podemos dizer que a Lua está intimamente ligada ao universo feminino com suas fases e ciclos de altos e baixos. Esse universo ambíguo não racional, instintivo, intuitivo, muitas vezes profundo e sombrio, emotivo, medroso, sonhador, mas não menos realista frio, calculista, porém justo e apaixonável.
          As fases da lua têm poderes em todas as culturas, civilizações, filosofias e crenças, são sinalizadores para cerimônias, ritos e cultos.  Elas são importantes no plantio e na colheita, nas marés e muitas vezes nas variações dos sentimentos e emoções humanos e até no processo de gestação e nascimento.

       A Lua nova é o novo, o desconhecido, são as expectativas. O que muitas vezes nos causa ansiedade por desconhecermos o que está por vir.
        A Lua crescente é o que está no desenvolvimento, no crescimento é o amadurecimento e que precisa está preparado para acompanhar esse processo.
       
       A Lua Cheia é o ápice tudo já está pronto, pleno. É o tudo ou nada ou nos entregamos às emoções ou fugimos e não aceitamos.

       A lua minguante é a necessidade de findar, deixar ir para que um novo ciclo se apresente. Precisamos aprender a lidar com as perdas, às vezes com o abandono por vezes com o medo desse desconhecido, mas que faz parte do novo ciclo que se inicia.
   
       A figura desta Lâmina no Oráculo Cigano apresenta a imagem da lua com sua exuberante claridade que se fundem com o horizonte. Outras lembram uma penumbra da Lua na paisagem noturna como um vislumbre. Tal como nossos sentimentos e emoções.
         Podemos interpretar em vários oráculos, como uma pausa na nossa existência.  A figura de um pastor descansando junto ao seu rebanho, tendo a lua como pano de fundo metaforicamente é como se precisássemos parar e pensar nos caminhos da vida.

        No Tarô, podemos fazer uma leitura semelhante em alguns pontos. Ao analisarmos Este Arcano, a figura nos remete as mais profundas emoções às boas e más e, as nossas expectativas dependendo da situação.
        
          A lâmina mostra a gravura da lua e de um portal que nos remete ao desconhecido, e que, guardado por dois cães em várias situações são como os nossos sensores, os nossos guardiões. Logo abaixo, a beira de um lago onde um solitário lagostim observa as águas ao seu redor  águas  simbolizam os sentimentos e suas dualidades, o consciente e o inconsciente, o ativo e o passivo, o bem e o mal e o lagostim que alguns interpretes caracterizam como o símbolo da psique a observar a busca por novos paradigmas. Essa dualidade são as nossas verdades simbolizadas pelas emoções e o sentido de mudança, os ganhos e as perdas, as alegrias e as tristezas, nossas buscas pela felicidade o encontro da matéria com o espírito.

           Depois de ultrapassarmos as mais profundas emoções e reflexões noturna renasce o dia e o Sol brilha para um novo ciclo.  
Ismenia Woyame



 

 
 

23 de set. de 2012

Carl G. Jung e as Funções Psicológicas

...continuação
Jung e Funções Psicológicas:

Pensamento: Jung via o pensamento e o sentimento como maneiras alternativas de elaborar julgamentos e tomar decisões. O pensamento por sua vez, está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos. As pessoas nas quais predomina a função do Pensamento são chamadas de Reflexivas. Esses tipos reflexivos são grandes planejadores e tendem a se agarrar a seus planos e teorias, ainda que sejam confrontados com contraditória evidência.

Sentimento: Tipos sentimentais são orientados para o aspecto emocional da experiência. Eles preferem emoções fortes e intensas ainda que negativas, a experiências apáticas e mornas. A consistência e princípios abstratos são altamente valorizados pela pessoa sentimental. Para ela tomar decisões deve ser de acordo com julgamentos de valores próprios, como por exemplo, valores do bom ou do mau, do certo ou do errado, agradável ou desagradável, ao invés de julgar em termos de lógica ou eficiência, como faz o reflexivo.

Sensação: Jung classifica a sensação e a intuição juntas, como as formas de apreender informações diferentemente das formas de tomar decisões. A sensação se refere a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos. A Sensação reporta-se ao que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. É a experiência concreta e tem sempre prioridade sobre a discussão ou a análise da experiência. Os tipos sensitivos tendem a responder à situação vivencial imediata, e lidam eficientemente com todos os tipos de crises e emergências. Em geral eles estão sempre prontos para o momento atual, adaptam-se facilmente às emergências do cotidiano.

Intuição: É a forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes. As implicações da experiência (o que poderia acontecer, o que é possível) são mais importantes para os intuitivos do que a experiência real por si mesma. Pessoas fortemente intuitivas dão significado às suas percepções com tamanha rapidez que, via de regra, não conseguem separar suas interpretações conscientes dos dados sensoriais brutos obtidos. Os intuitivos processam informação muito depressa e relacionam, de forma automática, a experiência passada com as informações relevantes da experiência imediata.

         Para o individuo, uma combinação das quatro funções resulta numa abordagem equilibrada do mundo. Jung descreve: “A fim de nos orientarmos, temos que ter uma função que nos assegure de que algo está aqui (sensação); uma segunda função que estabeleça o que é (pensamento); uma terceira função que declare se isto nos é ou não apropriado, se queremos aceita-lo ou não (sentimento); e uma quarta função que indique de onde isto veio e para onde vai (intuição)” (Jung, 1942, p. 167).

Entretanto, ninguém desenvolve igualmente bem todas as quatro funções. Cada pessoa tem uma função fortemente dominante, e uma função auxiliar parcialmente desenvolvida. As outras funções são em geral inconscientes e a eficácia de sua ação é bem menor. Quanto mais desenvolvida e consciente forem as funções dominante e auxiliar, mais profundamente inconsciente serão seus opostos.
Ismenia Woyame
 

20 de set. de 2012

Carl G. Jung e Os Sistemas Isolados


continuação.

Jung e os Sistemas Isolados

 

Ego: É o centro do consciente. É a mente consciente. É constituído por percepções, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes. O ego forma uma unidade coesa para transmitir impressão de continuidade e de identidade consigo mesma. Os processos psíquicos (conteúdos psíquicos) que não entretêm relações com o ego constituem o domínio imenso do inconsciente.

Inconsciente Individual: É a região adjacente ao ego. As fronteiras são imprecisas. É constituído por experiências que foram reprimidas, esquecidas, suprimidas ou experiências que foram fracas demais para marcar a consciência do indivíduo. Recordações penosas de serem lembradas e também traços de acontecimentos ocorridos durante o curso da vida e perdidos pela memória consciente. No inconsciente Individual encontramos os complexos.

Os complexos são grupos de representações carregadas de forte potencial afetivo, incompatível com a atitude consciente e envolvem sentimento, pensamento, percepções, memória. É também o nosso lado negativo que tentamos ocultar.

Esses elementos, embora não estejam em conexão com o Ego, nem por isso deixam de ter atuação e de influenciar os processos conscientes, podendo provocar distúrbios, tanto de natureza psíquica quanto de natureza somática. Para Jung a via régia para o inconsciente não é o sonho e sim o complexo. “O processo associativo foi tomado como ponto de partida. Jung demonstrou que as perturbações que ocorriam no teste de associação de palavras eram da natureza interna da psique e provinham de uma esfera situada fora da vontade objetiva do consciente e que esta esfera só se apresentava quando a atenção ia se enfraquecendo.” (p.17 Jacobi)

Cada complexo é constituído de:

·         Um elemento nuclear ou portador de significado;

·         Associações ligadas ao elemento nuclear – o núcleo tem o poder de atração ou faz girar em torno de si várias experiências.

Os complexos podem ser capazes de fazer aberta oposição ás intenções do ego consciente; de romper a sua unidade; de se separar e de comportar como um corpo estranho na esfera do consciente.

Para Jung, tamanha é a força dos complexos que eles nos têm.

Inconsciente Coletivo: É constituído das formas primitivas típicas de vivências e comportamentos da espécie humana, isto é, “pura e simplesmente da possibilidade herdada de um funcionamento psíquico”.

Enquanto o inconsciente pessoal é composto de conteúdos cuja existência decorre de experiências individuais, os conteúdos que constituem o inconsciente coletivo são impessoais, comuns a todos os homens e transmitem-se por hereditariedade.

Os arquétipos: São possibilidades herdadas para representar imagens. São formas instintivas de pensar. Um arquétipo é uma forma universal de pensamento (idéia) que conte um grande elemento de emoção.

Exemplo de arquétipos: nascimento, morte, herói, filho, Deus.

Como se origina um arquétipo? Ele é um depósito mental permanente de uma experiência que foi repetida constantemente por muitas gerações. Os arquétipos não são necessariamente isolados uns dos outros no inconsciente coletivo. Eles se interpenetram e fundem-se. Exemplo: o arquétipo do herói e o arquétipo do velho sábio podem-se fundir para produzir a concepção do “rei filósofo”, uma pessoa respeitada por ser simultaneamente um líder herói e um visionário sábio.

Persona: É uma mascara adotada pela pessoa em respostas ás demandas das convenções e das tradições sociais e às suas próprias necessidades arquetípicas interna. É a forma como nos apresentamos ao mundo. A persona inclui: nossos papeis sociais, nosso estilo de expressão pessoal. Tem aspectos negativos e positivos.

A Anima e o Animus: É reconhecido e aceito que o ser humano é essencialmente um animal bissexual. A nível psicológico, as características masculinas e as femininas são encontradas em ambos os sexos

Jung atribui o lado feminino da personalidade do homem e o lado masculino da personalidade da mulher a arquétipo que ele chamou de anima o arquétipo  feminino do homem e de animus o arquétipo masculino na mulher.

Tais arquétipos não só fazem com que cada sexo manifeste características do outro sexo, mas tam´bem agem como imagens coletivas que motivam cada sexo a responder aos membros do outro sexo e a compreende-los. O homem apreende a natureza da mulher por meio de sua anima, e a mulher apreende a natureza do homem através de seu animus.

A Sombra:  É o centro do Inconsciente Pessoal, o núcleo do material que foi reprimido da consciência. A sombra inclui aquelas tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis com a Persona e contrárias aos padrões e idéias sociais. Quanto mais forte for nossa Persona, e quanto mais nos identificamos com ela, mais repudiaremos outras partes de nós mesmos. A sombra representa aquilo que consideramos inferior em nossa personalidade e também aquilo que negligenciamos e nunca desenvolvemos em nós mesmos. Em sonhos, a Sombra frequentemente aparece como um animal, um anão, um vagabundo ou qualquer outra figura de categoria mais baixa.

Em seu trabalho sobre repressão e neurose, Freud concentrou-se de início, naquilo que Jung chama de Sombra. Jung descobriu que o material reprimido se organiza e se estrutura ao redor da Sombra, que se torna, em certo sentido, um Self negativo, a Sombra do Ego. A sombra é, via de regra, vivida em sonhos como uma figura escura, primitiva, hostil ou repelente, porque seus conteúdos foram violentamente retirados da consciência e aparecem como antagônicos à perspectiva consciente. Se o material da Sombra for trazido à consciência, ele perde muito de sua natureza de medo, de desconhecido e de escuridão.

A sombra é mais perigosa quando não é reconhecida pelo seu portador. Neste caso, o indivíduo tende a projetar suas qualidades indesejáveis em outros ou a deixar-se dominar pela Sombra sem o perceber. Quando mais o material da Sombra tornar-se consciente, menos ele pode dominar. Entretanto, a Sombra é uma parte integral de nossa natureza e nunca pode ser simplesmente eliminada. Uma pessoa sem Sombra não é uma pessoa completa, mas uma caricatura bidimensional que rejeita a mescla do bom e do mal e a ambivalência presente em todos nós. Cada porção reprimida da Sombra representa uma parte de nos mesmos. Nós nos limitamos na mesma proporção que mantermos esse material inconsciente.

À medida que a Sombra se faz mais consciente, recuperamos partes previamente reprimidas de nós mesmos. Além disso, a Sombra não é apenas uma força negativa na psique. Ela é um depósito de considerável energia instintiva, espontaneidade e vitalidade, e é a fonte principal de nossa criatividade. Assim como todos os Arquétipos, a Sombra se origina no Inconsciente Coletivo e pode permitir acesso individual a grande parte do valioso material inconsciente que é rejeitado pelo Ego e pela Persona.

No momento em que acharmos que a compreendemos, a Sombra aparecerá de outra forma. Lidar com a Sombra é um processo que dura a vida toda, consiste em olhar para dentro e refletir honestamente sobre aquilo que vemos lá.

O Self:  Em seus primeiros textos, Jung considerava o self como equivalente à psique ou á personalidade total. Entretanto, quando começou a explorar As fundações raciais da personalidade, e descobriu os arquétipos, ele encontrou um que representava o anseio humano de unidade. Esse arquétipo expressa-se por meio de diversos símbolos, e o principal  deles é a mandala ou o círculo mágico. Em seu livro Psicologia e Alquimia, Jung, desenvolve uma psicologia da totalidade baseada no símbolo da mandala. O principal conceito dessa psicologia da unidade é o self.

O self é o ponto central da personalidade, em torno do qual todos os outros sistemas estão constelados. Ele mantém esses sistemas unidos e dá à personalidade unidade, equilíbrio e estabilidade.

“ Se imaginarmos a mente consciente com o ego como seu centro, como estando oposto ao inconsciente, e acrescentarmos agora ao nosso quadro mental o processo de assimilar o inconsciente, podemos pensar nessa assimilação como uma espécie de aproximação do consciente e do inconsciente, em que o centro da personalidade total já não coincide com o ego, mas com um ponto médio entre o consciente e o inconsciente. Esse seria o ponto de um novo equilíbrio, um novo centramento da personalidade total, um centro virtual que, devido à sua posição focal entre o consciente e o inconsciente, garante uma fundação nova e mais sólida para a personalidade.” (Jung, 1945, pág.219)

O self é a meta da vida, uma meta que as pessoas buscam incessantemente, mas raramente alcançam. Como todos os arquétipos, ele motiva o comportamento humano e provoca uma busca de integridade, especialmente pelos caminhos oferecidos pela religião. Cristo e Buda são expressões de arquétipo de Self.

 

 

Atitudes:

Introversão: Os introvertidos concentram-se prioritariamente em seus próprios pensamentos e sentimentos, em seu mundo interior, tendendo à introspecção. O perigo para tais pessoas é imergir de forma demasiada em seu mundo interior, perdendo ou tornando tênue o contato com o ambiente externo. O cientista distraído, estereotipado, é um exemplo claro desde tipo de pessoa absorta em suas reflexões em notável prejuízo do pragmatismo necessário a adaptação.

Extroversão: Por sua vez, se envolvem com o mundo externo das pessoas e das coisas. Eles tendem a ser mais sociais e mais consciente do que acontece à sua volta. Necessitam se proteger para não serem dominados pelas exterioridades e, ao contrário dos introvertidos, se alienarem de seus próprios processos internos.

 

 

14 de set. de 2012

Teoria Analítica Carl G. Jung

cap. 03

Teoria Analítica de Jung

 

Aspecto característico da concepção de Jung sobre o homem:

-          Combinar teleologia com causalidade. Na causalidade o ponto de vista explica o presente em termos do passado, a história individual e a herança genética e na Teleologia o ponto de vista explica o presente em termos do futuro, portanto a combinação das duas formas um quadro completo da personalidade da pessoa. As duas são necessárias para se chegar a esse entendimento, ou seja, o comportamento humano é condicionado não somente pela sua história individual e racial (causalidade) mas, também pelos seus alvos e aspirações (teleologia). O passado como realidade e o futuro como potencialidade.

Características da Teoria.

-          A teoria de Jung caracteriza-se pela forte ênfase que dá aos fundamentos raciais e filogenéticos. O homem nasceu com predisposições, que lhe foram legadas pelos ancestrais. Os fundamentos da personalidade são arcaicos, primitivos, inatos, inconscientes e provavelmente universais.

-          Personalidade é o resultado de forças externas e internas, ou seja, há uma personalidade coletiva, racialmente pré-formada, que atua seletivamente no mundo da experiência e é modificada e elaborada pelas experiências que recebe.

A Estrutura da Personalidade.

-          A personalidade total ou psique compõe de:

a)    Sistemas isolados:

·         Ego.

·         Inconsciente Individual e seus complexos

·         Inconsciente coletivo e seus arquétipos

b)   Atitudes ou orientações da personalidade

·         Introversão 

·         Extroversão.

c)    Funções psicológicas fundamentais

·         Pensamento

·         Sentimento

·         Sensação

·         Intuição

d)   Centro de toda a personalidade

·         Self

 

(continua...)
Ismenia Woyame

 

A Psicologia Analítica Carl G. Jung

Cap. 2
Jung e A Psicologia Analítica

 

         Um ponto fundamental de diferença entre Jung e Freud vincula-se com a natureza da libido. Para Freud a libido era predominantemente sexual enquanto que para Jung, a libido era uma energia vital generalizada, de que sexo apenas fazia parte. Para Jung, essa energia vital libidinal básica se exprime no crescimento e na reprodução, e também em outras atividades e depende do que é mais importante para o individuo num momento particular. Essa primeira diferença entre ambos deixou Jung livre para dar interpretações diferentes ao comportamento. O que em Freud só podia definir em termos sexuais, para Jung, por exemplo, entre os três e os cinco anos de vida, que ele denominava fase pré-sexual, a energia libidinal serve às funções de nutrição e de crescimento e não tem nenhuma nuance sexual como na concepção freudiana. Jung também rejeitava o complexo de Édipo. Para Jung o apego da criança à mãe era em termos de uma necessidade de dependência, com todas as satisfações e rivalidades associadas com a função materna de fornecer alimento e a medida que a criança amadurece e desenvolve o funcionalismo sexual, as funções de nutrição combinam-se com sentimentos sexuais. A energia libidinal só assume forma heterossexual depois da puberdade. Ele não negava a existência de fatores sexuais, mas reduzia o papel do sexo ao de um dos impulsos que compõem a libido. Segundo biografias, Jung não tinha como usar, nem precisava de um complexo de Édipo em sua teoria, porque isso não tinha relevância para a infância. Ele descrevera sua mãe como uma mulher gorda e pouco atraente, e por isso nunca pôde compreender a insistência de Freud de que todo garotinho tinha anseios sexuais pela mãe.

         Ao contrário de Freud, Jung não desenvolveu nenhuma insegurança, inibição nem ansiedade sobre o sexo quando adulto. “Para Jung, que satisfazia livre e freqüentemente suas necessidades sexuais, o sexo tinha um papel mínimo na motivação humana. Para Freud, acossado por frustrações e ansioso com seus desejos contrariados, o sexo tinha o papel central” (Schultz, 1990 p. 148).

         A segunda diferença básica entre as obras de Freud e Jung é a sua concepção da direção das forças que influenciam a personalidade humana. Freud via as pessoas como vítimas dos acontecimentos da infância: Jung acreditava que somos moldados por nossas metas, esperança e aspirações com relação ao futuro, bem como pelo nosso passado. Jung propunha que o comportamento humano não é determinado por inteiro pelas primeiras experiências da vida estando sujeito a mudança em anos subseqüentes.

         A terceira diferença entre os dois é que Jung enfatizava mais o inconsciente. Ele tentava mergulhar mais profundamente na mente inconsciente, acrescentando-lhe uma nova dimensão o que ele chamou de inconsciente coletivo que são as experiências herdadas dos seres humanos como espécie e as dos seus ancestrais animais.

         Jung usava o termo psique para referir-se à mente, que segundo ele consistia em três níveis: a consciência, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.

 

...continua...

Ismenia Woyame

 

13 de set. de 2012

A vida é um espetáculo de raríssima beleza.


“A vida é um espetáculo de raríssima beleza. Contudo, só a aprecia quem é capaz de escrever os principais capítulos de sua vida nos momentos mais difíceis de sua história.

Tenha coragem para romper as algemas do medo, e caminhar pelo labirinto. Percorra territórios nunca antes explorados e se as oportunidades não surgirem crie-as!

Faça da sua vida uma grande aventura e uma poesia. Corrija suas rotas, mas, nunca desista de suas metas e nem daquilo que você mais ama.

Se você não desistir sua vida será diferente. Você deixará de ser controlado pelos seus medos e problemas, (e por pessoas que precisam ter poder sobre sua vida) e se tornará autor de sua própria história.

 (Augusto Cury)

10 de set. de 2012

Mini Bibliografia Carl Gustav Jung

Um mini resumo bibliográfico


         Carl Jung cresceu numa pequena aldeia no norte da Suíça. Segundo seu próprio relato, ele teve uma infância solitária, isolada e infeliz. Seu pai era um clérigo que aparentemente perdera a fé e muitas vezes se apresentava de mau humor. Sua mãe sofria de distúrbios emocionais; tinha um comportamento errático, passando num instante, de esposa feliz a um demônio enfeitiçado e murmurava coisas incoerentes. O casamento era infeliz. Jung aprendeu em tenra idade a não confiar nem acreditar em nenhum dos genitores e, por extensão, a não ter confiança no mundo exterior como um todo. Como resultado disso, ele se voltou para dentro, para o mundo dos seus sonhos, visões e fantasias, o mundo do seu inconsciente. Os sonhos e o inconsciente – e não o mundo consciente da razão – tornaram-se seus guias na infância e permaneceram como tais por toda a sua vida adulta.

Segundo o livro de Schultz, Jung resolvia problemas e tomava decisões com base no que o seu inconsciente lhe dizia em sonhos, e foi assim que em sonho se viu desenterrando ossos de animais pré-históricos e interpretou isso como significando que deveria estudar a natureza e a ciência. Esse sonho sobre cavar sob a superfície da terra, além de um outro de que ele se lembrava desde tenra idade, determinaram a direção que o seu futuro estudo da personalidade humana seguiria: ele iria se ocupar das forças inconscientes que estão sob a superfície da mente.

         Jung freqüentou a Universidade da Basiléia, na Suíça, e formou-se medico em 1900. Interessado em psiquiatria, seu primeiro compromisso profissional foi um hospital de saúde mental em Zurique. O diretor era Eugen Bleuler, psiquiatra conhecido pelo seu trabalho no campo da esquizofrenia. Em 1905, Jung foi nomeado professor de psiquiatria na Universidade de Zurique, mas alguns anos depois demitiu-se para dedicar-se a pesquisar, escrever e manter uma clínica particular.

         Jung se interessou pela obra de Freud em 1900, depois de ler a Interpretação dos Sonhos, que descreveu como uma obra prima. Em 1906, os dois tinham começado a se corresponder e, um ano depois, Jung foi para Viena encontrar Freud, Em seu encontro inicial eles falaram com grande animação durante treze horas. Em 1909, Jung acompanhou Freud aos Estados Unidos, indo às cerimônias da Universidade Clark, em que os dois fizeram palestras.

         Ao contrário da maioria dos discípulos de Freud, Jung já estabelecera uma impressionante reputação profissional própria antes de se associar com o mestre. Ele era o mais bem conhecido dos primeiros conversos à psicanálise, e talvez, por isso, o menos maleável, menos sugestionável, do que os outros analistas mais jovens que passaram a pertencer á família psicanalítica muitos dos quais ainda não tinham terminado sua graduação.

         Embora fosse discípulo de Freud, Jung nunca foi acrítico, embora de inicio ele tentou suprimir suas dúvidas e objeções. Quando escrevia a psicologia do Inconsciente, em 1912, Jung ficou perturbado percebendo que, quando essa declaração de sua posição fosse publicada, seu relacionamento com Freud seria prejudicado, pois as suas idéias diferiam em pontos importantes das do mestre  e o inevitável ocorreu quando da publicação do livro.

         Por insistência de Freud, Jung tornou-se o primeiro presidente da A P I o que provocou ressentimento nos analistas vienenses.(1911).

         Tempos depois a amizade entre os dois começou a dar sinais de tensão. Com a publicação da Psicologia do Inconsciente e em palestras na Universidade Fordham em Nova York, Jung reduzira o papel do sexo em sua teoria e propusera uma concepção distinta de libido. Essas diferenças causaram atritos entre ambos e os dois concordaram em encerrar também sua correspondência pessoal. Eles romperam relações em 1914, quando Jung renunciou ao cargo da A P I.

         Em 1913, aos trinta e oito anos, Jung padece de um período de intenso abalo emocional que durou três anos, acreditando que estava enlouquecendo, Jung ficou sem poder realizar trabalhos intelectuais, mas, não parou de tratar pacientes. Resolvendo seus problemas, da mesma maneira como Freud havia resolvido, enfrentando sua mente inconsciente. Essa crise emocional tornou-se mais tarde uma época de grande criatividade, levando à formulação de sua abordagem da personalidade. A Psicologia Analítica.

1 de set. de 2012

Um olhar sobre o Oráculo da Estrela




    A Estrela

“A Estrela da Esperança é a promessa de uma nova aurora, mais brilhante e iluminada. É o Balsamo sobre os nossos dias tristes” Miriam Nunes.
Depois de passar  pelo arcano da Torre da transformação, renovação, da ruptura e do desespero chegamos na Estrela, esse Arcano nos conduz a um relaxamento, uma meditação contemplativa. Um modo de nos conectarmos com nosso eu interior. Ele nos induz aos altos, a sairmos de nossa vida limitada através de nossos sonhos.

Nossos sonhos que são produtos de nosso inconsciente e se movem para nos tornarmos nosso próprio guia para um viver melhor. “Jung dizia que a salvação do homem esta na profundeza e sua psique e que cada um de nós precisa trabalhar-se para descobrir e libertar a essência áurea que faz na nossa natureza psicofísica”

A figura dessa lâmina na maioria dos oráculos do Tarô é de uma jovem desnuda com duas ânforas derramando um liquido na beira d’água. Ela tem um pé na água e outro na terra e acima um céu estrelado. Esse líquido que ela derrama tem um significado de abundancia sobre a terra. É uma lâmina de significado e/ou leitura bastante positiva, pois nos trás Paz, Harmonia, Inspiração, Intuição, Criatividade, Êxtase, Saúde.

Sua leitura nos leva a meditação e através dessa meditação chegamos às entranhas de nossas emoções e sentimentos e, por conseguinte, uma autodescoberta. Esse encontro com nós mesmo é algo que transcende a matéria não estou falando de religiosidade e sim de espiritualidade. Independente de qualquer religião ou crença o meditar nos faz conhecer o lado consciente do nosso âmago. Isso nos leva a algo que temos, mas que não sabemos como usar ou quando usar.

Outra faceta também desse arcano é o que desperta a nossa intuição. E o que é intuição? É uma manifestação de nossos pensamentos que resulta de nossas vivencias e que junta o nosso lado mental com o espiritual. É uma espécie de sinalizador de nossos atos futuros.

No Oráculo das maiorias cartas Ciganas a figura desta Lamina é um céu estrelado. Embora com algumas características e design diferentes a interpretação dessa lâmina é a mesma do oráculo do Taro. No oráculo cigano ela é uma carta de proteção dos nossos “guias espirituais”
 
A Estrela representa todos os corpos celestes que nos guiam por terras e mares.

Numa análise ou numa vivencia psicológica poderíamos fazer uma analogia dessas laminas com os sentimentos de baixa estima das pessoas, ou seja, uma leitura negativa de tudo que é sinalizador de bons fluidos para uma pessoa.

Como podemos traçar um paralelo entre a Baixa Estima de um cliente/paciente e a leitura dessa Lamina do oráculo, se ela está diametralmente oposta? Exatamente por este fato é que podemos como psicoterapeutas sinalizar estas situações em um determinado trabalho vivencia ou entrevista.

O que exatamente é Baixa Estima?

Um complexo de inferioridade? Uma autopiedade? Um sentimento de não pertencimento? Uma desvalorização? Muitas vezes uma auto-exigência exacerbada?

Isso tudo junto e mais outros tantos comportamentos é que caracteriza  uma pessoa com baixa estima, mas, ninguém tem baixa estima por auto recreação, ela é construída ao longo dos acontecimentos da vida do individuo.

Portanto, o que a Lamina da Estrela em si, sinaliza para esse processo? A Estrela significa o conhecimento e a crença em si mesmo, ver a luz no fim do túnel, a confiança renovada. Simplesmente  por ser esse oposto é que ela nos fornece um aviso de que é chegado o momento desse Ser, rever seus valores, entrar em contato com seu Eu, olhar-se de uma maneira mais iluminada. A Estrela por si só não faz isso acontecer, mas sinaliza todo o processo, todo o passo a passo de acreditar e confiar em si mesmo que assim se consegue criar e acreditar nas próprias oportunidades. Ela é como uma luz no caminho. Desde muito a estrela ou as estrelas têm sido uma indicação de rota para os viajantes, para os navegantes, e até para, segundo os católicos, foi guia para os Reis Magos. Era através das estrelas que se achavam a rotas. Não existiam os instrumentos de leitura da modernidade de hoje.

Acredito na leitura das Laminas do Oráculo e muitas vezes a utilizo, não no sentido de “pré” ver destinos ou acontecimentos. (Esse poder não me foi dado), mas como um instrumento coadjuvante  no sentido de fazer meu cliente se ver, conhecer suas possibilidades e aprender a desenvolve-las para seu próprio benefício, nas “cura” de seus problemas e dificuldades. É como um quadro onde ele se insere.

 A partir daí podemos encontrar novos caminhos novas metas novos rumos e seguiremos atrás da Lua.

A baixa estima ou autopiedade, muitas vezes nos leva a ser vítima de nós mesmo, já que dessa forma acabamos somatizando emoções negativas em forma de doenças, no nosso corpo.

Ismenia Woyame